“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 acontecerão no Brasil”. Assim talvez dissesse um novo representante do povo. A euforia da escolha nos chegou diante do fato, que para se fazer possível esses dois eventos, será necessário uma grande quantia de dinheiro público.
A verba deixará de ir para as necessidades do povo, para ir para essas obras. Isso é justo? Vale à pena adiar saúde, educação, segurança e saneamento básico, tendo em vista dois acontecimentos esportivos?
Quando a população pede verba para as necessidades básicas, a resposta é sempre a mesma: “Não há verbas”. Então por que nossos governantes permitiram empréstimos gigantescos às prefeituras para ajudar nessas construções? Simples. Porque para o governo é muito mais vantajoso investir em entretenimento, proporcionando alegria e descontração para a população em geral, minimizando assim, a dor dos problemas sociais, explorando a diversão e dando migalhas aos necessitados.
Diante disso, podemos concluir que a nossa política se parece muito com a Política de Pão e Circo, criada na Roma antiga, usada para calar a boca da população, mediante a essa grande desigualdade social e a insensibilidade do Governo. Como diria o poeta: “Trata-se como sempre de mudar alguns detalhes, para que o essencial siga o mesmo”.
Ana Kálita Marcon